por Renata em 04/01/2021 |
Racismo, sexismo e colonialismo. Capitalismo e mercado de trabalho. Divisão racial e sexual do trabalho. A sistemática negação da subjetividade de mulheres e não brancos. Indissociabilidade entre razão e emoção, corpo e mente, cultura e política. A importância das religiões e expressões culturais para lutas sociopolíticas. Formas de resistência cultural, além dos movimentos de revolta e de formação de quilombos, desde a escravidão no Brasil. Limites da representatividade. Relações entre movimentos sociais e a política institucional. Legalização do aborto. Esses são alguns dos muitos temas abordados pela antropóloga, socióloga, historiadora, filósofa e militante do movimento negro Lélia de Almeida Gonzalez.
Finalmente sua extensa obra se tornou acessível com o livro Por um feminismo afrolatinoamericano: ensaios, intervenções e diálogos pela Editora Zahar/ Grupo Companhia das Letras em 2020 [1].
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por Renata em 27/11/2020 |
Eu não sei vocês, mas toda época de eleição ouço a importância do voto consciente. Isso costuma acompanhar frases como: devemos saber votar no melhor candidato ou candidata para o país/ estado/ município/ região/ bairro. Candidato melhor ou “menos pior”, como costumamos dizer.
Nesse sentido, ser consciente é escolher adequadamente, através de senso crítico e estudo das opções existentes, os políticos competentes que defendam interesses públicos. É exercer a cidadania e garantir a democracia. É ter ciência dos deveres e direitos ao atuar na vida política como cidadão ou cidadã.
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por Renata em 30/09/2020 |
Você conhece a poesia do Carlos Drummond de Andrade “O Homem; as viagens”? Vou dar um gostinho aqui embaixo. Mas leia ela toda, você não vai se arrepender 😉
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por Renata em 31/07/2020 |
Uma mulher sem rosto. Eis a capa do livro escrito pela pernambucana Martha Batalha lançado em 2016 (CIA das Letras), que inspirou o filme “A vida invisível” de Karim Aïnouz. Se me faltava ar ao sair da sala do cinema pela brutalidade do que vi, ao ler o livro respirei, ainda que em momentos sufocada, a vida como ela é. Ao menos do lugar de onde a vejo.
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por Renata em 16/01/2020 |
Em texto anterior busquei mostrar que, apesar de concordar com Jair Bolsonaro de que o desmatamento é cultural, a sua conclusão de que é impossível acabar essa atividade não faz sentido, pois práticas culturais sempre mudaram e mudam, sendo alvo de disputa entre forças desiguais. Porém, essa declaração do presidente faz sentido como parte de seu projeto de apoio à expansão de atividades dependentes de desmatamento em larga escala. Precisamos então entender melhor quem está desmatando e como.
Spoiler: não são os pequenos agricultores em assentamentos rurais, nem os indígenas os responsáveis pelo aumento da taxa de desmatamento na Amazônia. E por incrível que pareça, ao contrário das acusações do presidente e das imagens da nossa capa – divulgadas com exclusividade na Folha de São Paulo, risos –, nem o Leonardo DiCaprio “tacou fogo na Amazônia” (!).
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