Te falar, dá um medinho mesmo.

Porque, assim, eu sou daqueles que confia em aeronaves, são o segundo meio de transporte mais seguro do mundo e blá blá blá… Mas é aquilo né? Todas as vezes que eu andei, eu passo um ligeiro APERTO na hora de decolar. Sei lá, né? E o pior é que a pegada dos contos de Terror a bordo nem é muito essa. Eles exploram o terror em vários níveis diferentes dentro de aeronaves, mas todos eles conseguem te pegar de jeito.

Uma coisa que eu fico meio puto com livros de contos é que eles nunca deixam explicito na capa que são um livro de contos. Sempre tem o famoso TRUQUE de botar o nome de um autor famoso que ou escreveu um dos contos ou editou a coletânea. E você vai lá achando que é um livro novo desse autor e na real é um livro de contos variados. Esse é com certeza um dos casos. Mas, assim, eu curto bastante coletânea de contos. É um jeito muito bom de conhecer novos autores.

Eu volta e meia caio nesse TRUQUE!

Eu fiz essa ligeira digressão para falar que ele leva o nome do Stephen King na capa, mas só tem 1 conto dele lá dentro, então ele meio que quebra a expectativa de “vou ler mais um livro do Stephen King” que você pode ter quando começa o livro. Dito isso. Os contos são bons demais! Sério, tem um ou outro ali abaixo da média, mas no geral, eles dão realmente medo. O famigerado CAGAÇINHO!

Eu era total um cético quanto a sentir medo em literatura.

Tipo aquilo, eu atrelava muito o terror com o susto. O “jump scare”. Mas foi quando eu comecei a ler literatura de terror que eu entendi o que é sentir medo mesmo. O terror no livros é muito mais profundo. Porque no geral ele usa um “processador gráfico” muito mais potente que qualquer placa de vídeo gamer por aí. Nada supera a sua imaginação. E não é que você imagine o monstro mais feio do mundo. Mas a sua imaginação é capaz de te levar pro sentimento da situação.

As diversas situações dos contos conseguem te jogar numa atmosfera de terror e suspense muito foda. Tirando os contos muito antigos. É aquilo, muito do sentimento vem da nossa capacidade de empatia. E é muito mais difícil de ser empático com aviadores dos anos 40/50. Nós não temos essa vivência de aviação. Parece muito “fantástico”. Muito difícil de conectar. Mas os contos que se passam nas aeronaves modernas, falam muito com qualquer um que já tenha pegado um avião.

IMAGEM DE UMA PESSOA PERPLECTA

EITA PORRA!

Eu fiquei especialmente PERPLECTO

com o conto dos viajantes do tempo, com o conto da guerra nuclear (escrito pelo Joe Hill A.K.A filho do SK) e com o primeiro de todos, o do transportador de cadáveres. Com menção honrosa aos contos dos especialistas em turbulência e ao de loop temporal. São todos contos que eu recomendaria a compra como livros separados. Mas como eu disse, vale a pena de ler todos eles. Tá muito mais do que recomendado aqui.