E depois da minha primeira semana acordando bem mais cedo do que estava acostumada estou aqui de novo para compartilhar com vocês a primeira parte da minha jornada e o começo da minha nova relação com o sono.

No geral eu não acordei no horário proposto. Na verdade eu só acordei pontualmente às 5 da manhã na segunda-feira, mas nem de longe isso quer dizer que fracassei logo na primeira semana.

A grande conclusão da primeira semana

Se passaram apenas 7 dias, mas já posso dizer que não tenho problemas em acordar cedo (que era minha hipótese inicial). Na verdade tenho dois outros problemas:

1. Dormir no horário

Para poder acordar às 5 e ainda assim continuar dormindo entre 7 e 9 horas por noite eu precisava ir dormir no máximo às 22h. Pois bem, o número de noites que eu consegui ir dormir antes desse horário foi ZERO.

Por mais que eu tivesse acordado cedo e feito milhares de coisas durante o dia eu não sentia sono a noite e se não me obrigasse a parar tudo e ir dormir com certeza esqueceria da vida vendo Netflix.

2. Sair da cama

A enorme diferença entre acordar e sair da cama nunca foi tão clara para mim como nesses dias. Por mais que eu tenha acordado por volta das 6h na maioria dos dias eu acabei não conseguindo sair da cama antes das 7h. Fiquei essa uma hora mexendo no celular, pensando na vida ou ouvindo música.

Considerando que a ideia de acordar mais cedo surgiu com a intenção de aproveitar melhor o dia você pode pensar: “Acordou uma hora mais tarde do que o previsto e passou a primeira hora do dia sem fazer nada. Como assim o experimento não fracassou?”.

Minha nova relação com o sono

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Se até poucos dias atrás eu acordava depois das 10h durante a semana e ao meio dia (ou depois) nos finais de semana e meus dias se resumiam a dormir, trabalhar e ver TV nessa primeira semana minha rotina já se transformou.

Apesar de ainda não estar aproveitando plenamente meu novo horário meus dias já melhoraram muito. Assim que eu consigo sair da cama eu tomo um belo café da manhã (depois de anos sem esse costume, já que eu sempre acordava quase na hora do almoço) e depois passo algum tempo fazendo coisas que eu sempre planejava mas “não tinha tempo”, como: estudar coisas relacionadas ao meu trabalho e aos meus hobbies, colocar meus hobbies em prática (fazia tempo que eu não cozinhava tanto) e etc.

Mas, o que mais me espantou nesses dias, foi o quanto eu estive mais disposta durante o dia. Apesar de não passar tanto tempo em casa quanto o planejado eu fiz muito mais coisas e, no decorrer do dia, meu trabalho rendeu muito mais também e, espantosamente, eu não fiquei morrendo de sono durante o dia (como já era costume).

O maior exemplo de que estou mais disposta é que como eu trabalhei na quarta (feriado da independência) acabei folgando na sexta e aproveitei esse dia para fazer faxina. Isso mesmo, não passei toda a minha folga revezando entre dormir e ver TV, pelo contrário, fiz a tão adiada faxina (que incluiu tirar tudo do guarda roupa, separar coisas para doação e todas as coisas daquela faxina que só a mãe da gente faz). Claro que no sábado eu acordei só às 9h, mas eu merecia né?!

Isso tudo pode ser só empolgação por estar fazendo um experimento? Pode! Mas o importante é que estou tão feliz com o resultado que a ‘chama da empolgação’ está se mantendo acesa.

E a ciência disso tudo?

A primeira coisa que fiz essa semana foi pesquisar o que a ciência dizia sobre como meu corpo ia reagir a essa mudança tão drástica de horários. Infelizmente não encontrei nenhum artigo intitulado “O que acontece com o seu corpo quando você resolve acordar às 5 da madrugada”, mas achei vários outro que explicam como alterações pequenas também afetam nosso corpo e como evitar maiores transtornos.

Jet Lag

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Esse termo é muito comum para falar dos efeitos sofridos por pessoas que viajam para fusos diferentes, mas pode ser usado para designar os efeitos causados por qualquer grande mudança de rotina.

O tal jet lag pode causar cansaço, sonolência, insônia, irritabilidade, náusea, dor de cabeça e mal-estar. Mas esses efeitos tendem a passar depois de alguns dias na nova rotina.

As dicas para amenizar os efeitos das mudanças de horário são simples. Caso a viagem vá durar poucos dias, tente entrar no novo horário alguns dias antes. Por exemplo, em uma viagem para um fuso com 3 horas de atraso, atrase a sua rotina em 3 horas alguns dias antes da viagem.

No caso de viagens mais longas (mais de 3 dias) tente se adaptar aos horários do lugar (não adianta manter a rotina da sua casa), tomar bastante sol e fazer exercícios leves.

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O organismo também pode sofrer com o horário de verão, para evitar basta ir adiantando/atrasando (dependendo se vai começar ou acabar o horário de verão) gradualmente a rotina uma semana antes da mudança de horário.

 

O meu erro foi crer…

Quando decidi mudar minha rotina de sono, acreditei que bastava mudar o horário do despertador, mas depois de pesquisar com um pouco mais de calma percebi que não fiz o básico: mudar a rotina gradualmente, pegar sol e fazer exercícios leves.

A parte de mudar gradualmente já está perdida, mas pretendo incluir na minha nova rotina exercícios leves, de preferencia ao ar livre, logo pela manhã e vamos ver quais benefícios isso me trará.

E você, já pensou em mudar alguma coisa na sua rotina?

 

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