Ruas alagadas, trânsito, transportes públicos parados, um verdadeiro caos é visto no estado de São Paulo quando a chuva cai. Exatamente por esse motivo que muitos pensam que melhores são os dias ensolarados e secos. Mas os dias de chuvas são ótimos e não apenas para a natureza como também para que você possa ler esse texto, ou ver sua série preferida. 

As águas das chuvas abastecem os rios e os rios abastecem as nuvens. Esta ação cíclica é chamada de ciclo hidrográfico, ou ciclo da água.  A água encontrada em rios, lagos, mares, oceanos, solo, e até mesmo nas plantas evapora com o calor e se tornam vapor de água. Este vapor é quente e portanto menos denso que o ar. Por essa razão, ele sobe. Lá na atmosfera ele se aglutina e forma as nuvens. Quando as nuvens estão bem carregadas, elas acabam precipitando em forma de chuva.

Ao cair no solo, parte da água da chuva ou da precipitação escoa para os oceanos, lagos e rios e parte sofre infiltração chegando até os mantos d’água. Então, se não houver chuvas, não haverá água o suficiente para o funcionamento das usinas.

Figura 1: ciclo das água

 

OK, mas o que isso tem haver com a minha série favorita? 

Vou te explicar. As usinas hidrelétricas são as responsáveis por mandar energia elétrica para a sua casa, e são elas que fazem a ligação entre o ciclo da água e a sua série.

Normalmente as usinas hidrelétricas são construídas em locais próximo a quedas d’água,  que são grandes cachoeiras naturais ou às vezes construídas para essa finalidade.

Figura 2: Cachoeira dourada – Goiás.

 

Antes das construções das usinas elétricas, as rodas d’águas eram usadas de forma a transformar as energias. Suas primeiras funções eram de levar água potável aos habitantes das aldeias, moagem de grãos, e para irrigação das lavouras. Depois foram usadas em serrarias, fábricas têxteis, entre outras produções. 

Existem 3 tipos de rodas d’águas. A primeira era a roda d’água horizontal. Essas rodas ficam  horizontalmente posicionadas e com a força da movimentação da água elas giravam.

Figura 3: Roda d’água horizontal.

Figura 4: Roda d’água horizontal.

 

Ainda existia dois tipos de rodas dágua verticais. A primeira delas usava a gravidade a seu favor. Essa roda era posicionada verticalmente e a água que caia de aqueduto movia a roda.

Figura 5: Roda d’água com movimentação por aquedutos.

 

A outra também era posicionada verticalmente, mas nesta a roda ficava dentro do rio e as forças da corrente do rio movia a roda.

Figura 6: Rodas d’água horizontal movida pela força do rio.

 

 

Essas rodas faziam a transformação de energia gravitacional em energia mecânica. Com o tempo, elas foram substituídas pelas modernas usinas hidrelétricas, que conseguiam atender um número bem maior de pessoas.

Se você está gostando do assunto, então não perca o próximo texto no qual abordaremos como é a fisica por trás das usinas e cada etapa de seu funcionamento.

 

 REFERÊNCIAS: