Os neurochips estão chegando. Talvez você mesmo tenha um implantado em alguma parte do corpo algum dia. Em termos bem leigos, neurochips são processadores que podem substituir (será?) um conjunto de neurônios. Esses novos materiais estão em fase de pesquisa, mas pode-se dizer que há resultados promissores que apontam que essa tecnologia tem futuro e pode ser usada em breve.

Religiosos ortodoxos podem dizer: “taí o sinal da besta! Fim dos tempos!”. Cientistas  talvez dirão: “olha aí a cura do Alzheimer, Parkinson!”. Quem vai saber se os militares pensariam: “será a possibilidade do meu soldado perfeito?”

Essa tecnologia em fase de aprimoramento é mais uma filha da Quarta Revolução industrial. Tema que já falei um pouco aqui no Deviante.

Vamos ver alguns exemplos de como os neurochips podem ser aplicados

Substituindo partes danificadas do cérebro

Pesquisadores da Universidade Lobachevsky estão trabalhando para criar um neurochip capaz de transmitir um sinal para células cerebrais saudáveis. O neurochip pode ser usado em dispositivos destinados a substituir partes danificadas do cérebro.

Primeiras experiências foram conduzidas para transmitir sinais de um neurônio artificial para células vivas de parte do cérebro, demonstrando a possibilidade de estabelecer uma comunicação entre eles.

Esses cientistas e engenheiros  estão próximos de criar um neurochip artificial que pode ser usado em dispositivos destinados a substituir áreas danificadas do cérebro. Eles foram capazes de receber um sinal de um neurônio artificial para viver células cerebrais. Os pesquisadores estabeleceram uma meta ambiciosa de criar em três anos a primeira rede neural do mundo com pelo menos 100 células nervosas artificiais.

Segundo os pesquisadores, o próximo estágio importante no desenvolvimento do neurochip é entender os mecanismos de substituição e transmissão de sinais de um neurônio para outro.

Depois de estudar a natureza da paralisia em humanos, sabe-se que todos esses casos estão relacionados ao fato de que nosso sistema nervoso deixa de funcionar adequadamente e os sinais não são mais transmitidos como deveriam. Ao desenvolver chips artificiais, pode-se restaurar a transmissão perdida

Os pesquisadores também estão trabalhando para criar uma célula nervosa artificial. Até o momento, um protótipo de neurônio eletrônico foi desenvolvido e estudado em condições de laboratório.

Resultados experimentais mostram que as oscilações elétricas em um neurônio artificial são quase idênticas às oscilações elétricas que ocorrem nos neurônios do cérebro. Assim que uma rede neural de células nervosas artificiais é criada, testes pré-clínicos em animais de laboratório começarão na Universidade Lobachevsky. Os testes devem resultar na restauração de pulsos elétricos no cérebro do mouse danificado.

Mais detalhes desse trabalhos podem ser vistos Nesse Link.

Neurochips VS doenças neurodegenerativas.

Na Universidade de Calgary, cientistas da Faculdade de Medicina provaram que é possível cultivar uma rede de neurônios que se reconectam em um chip de silício.

Esses cientistas desenvolveram uma tecnologia que monitora a atividade de células cerebrais em uma resolução nunca alcançada antes.

Esses chips de silício também são mais simples de usar, o que pode ajudar a compreender como as células funcionam sob condições normais e permitir descobertas de drogas para várias doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e Parkinson.

Esse avanço técnico significa que podemos rastrear pequenas mudanças na atividade cerebral, na transmissão de impulsos e como um neurônio transmite informação de um para outro. Entender isso significa novas possibilidades no tratamento de doenças neurodegenerativas e distúrbios neuropsicológicos.

Os novos neurochips também são automatizados. Anteriormente, eram necessários anos de treinamento para aprender a registrar a atividade dos canais iônicos a partir das células do cérebro, e só era possível monitorar uma ou duas células simultaneamente. Agora, redes maiores de células podem ser colocadas em um chip e observadas minuciosamente, permitindo a análise de várias redes cerebrais e realizando uma triagem automática e em larga escala de drogas para várias disfunções cerebrais.

Essas novas tecnologia tem o potencial de ajudar cientistas em vários campos e em uma variedade de projetos de pesquisa. Provavelmente poderá ser ampliada de tal forma que se tornará uma  ferramenta não só para o tratamento de doenças, ou produção de medicamentos, mas abrirá possibilidades em entender e aprofundar como o sistema nervoso funciona.

Mais detalhes desse trabalhos podem ser vistos Nesse Link.

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