Acredito que no decorrer de qualquer graduação são apresentadas várias definições de conceitos, até então totalmente desconhecidos por nós. Na minha graduação como Fisioterapeuta não foi diferente, e dentre tantas definições a que mais me chamou a atenção foi a da Neuroplasticidade, de forma simples pode ser explicado como: a capacidade que nosso cérebro tem de mudar e se adaptar.

Dentre todas as implicações filosóficas que esta definição nos traz, na prática a gente pode observar ao ver uma pessoa que não possui braços tocar violão com os pés ou alguém que não possui nenhum membro pintar um quadro com a boca.

Isso tudo ocorre devido ao aprendizado motor que esses indivíduos são impostos. Ao aprendermos uma nova língua, tocar algum instrumento ou qualquer outra prática que desafie ou estimule o cérebro, irão ocorrer mudanças na morfologia do mesmo.

Cada local do cérebro é responsável por uma determinada função:

O grau de plasticidade neural vária de acordo com a idade, quando se é criança, apesar de nosso cérebro já se encontrar formado anatomicamente, as sinapses realizadas por ele não estão estabelecidas, ao aprender algo novo significa ativar novas sinapses. No exemplo citado acima, no caso do músico que toca o violão com os pés, é bem mais fácil aprender quando se é mais jovem.

George Dennehy toca violão com os pés em evento em Virgina (EUA)

Dentro da área da fisioterapia a neuroplasticidade é trabalhada da seguinte forma: quando áreas cerebrais sofrem com alguma lesão, as áreas que perdem sua funcionalidade podem ser substituídas por outra área que até então não possuía esta função.

Dentre as técnicas utilizadas estão a Terapia de contensão induzida (TCI) que utiliza da neuroplasticidade como meio facilitador da prática reabilitadora. Nesta, se associa o treinamento motor que será fonte de desenvolvimento cerebral já que induz a mudanças na plasticidade neural gerando padrões de estimulação sensorial proprioceptiva podendo modular neuroplasticidade de áreas motoras e sensorial.

O nosso cérebro é algo extremamente complexo é surge fatos novos todos os dias, abaixo fica algumas das referências utilizadas no texto. Enfim, estou aberto à dúvidas e sugestões.

 

REFERÊNCIAS:

FLORINO, M; PEDRO, R. O Processo de aprendizagem motora e a neuroplasticidade. Revisão de literatura, 2014.

ZILLI, F, LIMA E, KOBLER M. Neuroplasticidade na reabilitação de pacientes acometidos por AVC espático. Rev Ter Ocup Univ São Paulo. 2014.

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Antonio Lucas dos Santos: Cearense orgulhoso, Fisioterapeuta, apaixonado por cinema e séries, esperando levar uma vida leng….. dary!!! .