Pelo título deste post, os leitores mais atentos já devem ter sacado que farei uma crítica da série Altered Carbon, que passa naquele canal de streaming que o Sílvio Santos adora. Todavia, resolvi juntar no pacote outra obra, esta exclusivamente impressa – Homo deus (Yuvão da massa) – que gira em torno de um tema parecido: a possibilidade humana de vencer a morte. Para tentar não dar spoilers da série para quem ainda não assistiu, vou dividir o post em três partes. Na primeira vou falar da série, na segunda do livro e na terceira vou tecer comentários a respeito das implicações morais e éticas da imortalidade, mas sem dizer se isso vem do livro, da série ou da minha cabeça. Se mesmo assim alguém tem medo de tomar spoiler, fique à vontade para não ler o texto. Venham comigo, então. Vamos juntos desvendar com quantas capas se faz um deus.

Altered Carbon – a série

A série é baseada em um livro de mesmo título publicado em 2002 por Richard Morgan, o qual descreve uma sociedade em que todos os seres humanos têm uma espécie de chip (stack) implantado na base do crânio que armazena todas as memórias e consciências daquelas pessoas enquanto vivas (yeap, download cerebral). Quando o corpo físico morre, estes stacks podem ser retirados e re-colocados em outros “corpos”. Ou seja, o corpo se torna uma espécie de roupa ou capa (sleeve). A morte real acontece quando o stack é destruído, portanto, não há mais consciência a ser re-encapada. Todavia, os super-ricos podem pagar por downloads e armazenagens remotas de suas consciências, transmitidas por satélite, o que permite aos mesmos a imortalidade de facto. Não por acaso, estes “imortais” formam uma casta social chamada Matusaléns, em referência ao longevo personagem bíblico.

A trama da série se desenrola quando um ex-Emissário cumprindo pena de prisão, Takeshi Kovacs, é re-encapado a pedido de um dos Matusaléns, Laurens Bancroft, para que investigue sua morte. Bancroft está curioso para saber quem o matou e por qual motivo, uma vez que seu download remoto não armazenou nada das 48 horas anteriores à destruição de seu stack. A partir daí o que vemos é Kovacs vivendo mil e uma aventuras e confusões para cumprir a sua missão. Isso é o básico que todos devem saber para decidirem se dão um voto de confiança ou não para a série. Mas, para quem deseja saber um pouco mais da trama, recomendo estas duas críticas.

Minhas impressões sobre a série em si são mistas. Eu fui com uma expectativa baixa, por que desde Lost, este é um padrão que sigo. Mente aberta, sem pré-julgamentos e sem ouvir muitas críticas “especializadas” (nome bonito para “minha opinião”) para não ancorar um sentimento antes de ver a coisa acontecendo. O tema da série me fisgou logo de cara, porque em um único produto eu teria dois dos temas que mais gosto em termos de entretenimento: FC cyberpunk e história de detetive noir. Perdoem-me todos pela heresia, mas eu passo longe de FC com navinhas e coisas espaciais. Acho chato. Ah, e nunca li nem tenho vontade de ler Asimov. Sou uma bitch de Júlio Verne, Conan Doyle, Raymond Chandler e Edgar Allan Poe. Eu sei, vou terminar este texto e ajoelhar meia hora no milho para purificar-me deste pecado, mas, fazer o quê, eu nasci assim, eu cresci assim, desse jeito assim. Mas, deixando a divagação de lado, o que me fez dedicar algumas horas do meu dia para acompanhar a série foi esta combinação de distopia futurista com investigação criminal. Então, no geral, gostei da série. Todavia, disse que meus sentimentos são mistos porque em vários momentos me senti profundamente incomodado com a execução da obra. A começar pelo ator elencado para dar vida à versão re-encapada do personagem principal, Takeshi Kovacs.

O sujeito em questão, Joel Kinnaman (também conhecido como Robocop v. 2.0) é um ótimo ator para personagens brutamontes que dão porrada e vivem sem camisa (no caso de Altered Carbon, também sem calças, se bem que, na série, todo mundo paga nudez gratuita). Mas, para uma série que tem implicações um pouco mais profundas e filosóficas, ele não entregou a profundidade de interpretação que precisava. A mesma coisa pode ser dita da sua nêmese, Reileen (Dichen Lachman): a interpretação ficou meio novela demais, não me convenceu em nenhum momento, não me deu raiva, nem vontade de chorar (talvez porque eu tenha Walter White e Coringa como modelos de anti-heróis/antagonistas).

Por outro lado, posso dizer que três coadjuvantes roubaram a cena: a detetive Ortega (Martha Higareda), o ex-militar Vernon Elliot (Ato Essandoh) e a IA Poe (Chris Conner). Todos eles entregaram exatamente o que a série pedia: porrada e sentimentos. Eu consegui me importar com eles, comprar suas histórias e torcer pelo final feliz de todos. Quando eles apareciam em cena, a séria crescia e me fazia esquecer todo o resto que não gostei. Se existe um motivo para ver esta série é por causa deles, principalmente da Ortega. Ela realmente roubou a cena do protagonista, porque a história passa a ser dela, no fim das contas. Mais do que isso, não posso falar sem entregar muito. Além de tudo ela funciona como um alívio cômico involuntário nos momentos em que sua raiva é tanta que ela esquece o inglês e passa a blasfemar em sua língua materna, o castelhano (tanto a atriz quanto sua personagem tem ascendência mexicana). Por que, vamos combinar, a língua inglesa é de uma pobreza exemplar em xingamentos e palavrões legais em comparação com as línguas latinas.

Enfim, a primeira temporada poderia ter sido melhor. Vamos ver como vai ser a segunda temporada, se houver uma (o gancho para a próxima existe, se é viável, bom, aí são outros quinhentos).

Homo Deus – Yuval Noah Harari

Partindo agora para resenhar o segundo livro do Yuvão da Massa que eu resenho por aqui (o primeiro, Sapiens, você pode conferir neste post). Basicamente, o livro começa de onde termina Sapiens: a escalada da humanidade para virar Deus, ou seja, para acumular um poder inimaginável, desafiando todos aqueles paradigmas impensados de serem quebrados até pouco tempo atrás.

Os primeiros capítulos narram a vitória quase total da humanidade contra três dos quatro cavaleiros do apocalipse: fome, doença e guerra. Ainda que ainda existam estas três causas de mortalidade, é inegável que hoje os percentuais de mortes por desnutrição, doenças infecciosas e causadas por guerra vêm diminuindo década após década, principalmente quando olhamos taxa de mortalidade infantil. Sem dúvida, ter os meios para evitar que uma criança morra por qualquer uma destas três causas é algo da mais alta nobreza e importância que nosso mundo moderno produziu. Todavia, mesmo com esta melhora na qualidade de vida da média da população global, o silogismo aristotélico clássico (Sócrates é humano; humanos são mortais; logo Sócrates é mortal) continua valendo. Ainda não foi quebrado.  E é justamente aí que o livro de Harari foca a maior parte dos seus esforços: dar uma ênfase muito grande neste “ainda”. De acordo com o autor, a maior busca das próximas décadas será derrotar a morte, pelo menos, em um primeiro momento, aquela causada por causas naturais (ou como dizia um personagem da minha época “aquelas causadas por morte morrida, não por morte matada”). Como isso será possível?

Três já estão quase na lona, falta um (fonte)

Bem, uma vez que as doenças infecciosas já estão quase todas derrotadas (alguém ainda fica em pânico por ter uma tonsilite? Ou uma gripe que não seja “da moda”?), resta vencer as causas primárias de morte “morrida”: doenças cardiovasculares e cânceres. Como as pesquisas nestas áreas estão extremamente avançadas, ninguém será pego de surpresa em um futuro próximo quando os cânceres e os infartos e AVCs tiverem a mesma importância de uma unha encravada: dói, enche o saco, atrasa a vida, mas não mata mais ninguém. Este futuro não está tão distante assim, algumas estimativas do livro apontam algo como algum momento entre 2050 e 2100. Ou seja, um suspiro em termos históricos.

Não obstante o provável sucesso nesta empreitada, ainda teríamos a velhice pura e simples como processo de morte progressiva das células levando a uma falência total do sistema e causando o óbito. Então, seríamos uma sociedade de velhinhos saudáveis, sem doença nenhuma, mas, literalmente, podres em pé, já que o corpo extrapolaria em muito seu prazo de validade. Nós apagaríamos como vela ao vento, por falha de sistema. Só que não! As pesquisas também têm avançado no intuito de parar ou retardar em muitos anos o processo de senescência celular. E para quem pensa que isso é uma viagem de cientista maluco escondido em alguma universidade obscura no interior do Kentucky ou do Alaska, saiba que nomes como um holding com um futuro promissor chamado Alphabet e pessoas sem importância como Peter Thiel estão investindo bastante tempo e dinheiro nisso (sarcasm detected).

Apesar de ser uma continuação do ótimo Sapiens, este livro não tem o mesmo fôlego do primeiro. Demorei bem mais para lê-lo devido ao tédio causado pelas muitas páginas de pura encheção de lingüiça. Alguns trechos são um verdadeiro remédio para insônia: é começar a ler e dormir profundamente por várias horas. Você acorda depois todo errado com aquela babinha escorrendo no canto da boca e com o livro no seu peito, amassado. Aí, você lembra que tem que continuar lendo e insiste no trecho chato até ele acabar. E depois, às vezes, vem outro pedaço chato ou vem coisa boa. Depende muito do capítulo. Quer dizer que não recomendo a leitura? Pelo contrário, quem tiver interesse, leia. É interessante, é instrutivo, mas tem estes pequenos percalços no caminho. Em poucas palavras, é um livro inconstante.

A impressão que dá é que a editora apressou a conclusão do livro para capturar o burburinho em torno de Sapiens, porque diversos trechos estão ou mal escritos ou mal editados, não sei bem ao certo. E a tradução tem falhas também, inclusive erros de digitação e revisão, o que reforça a minha tese de corrida para não perder o hype da primeira obra, a qual não padece destes males. Bem pelo contrário. Sapiens é um legítimo page turning, descendo redondinho o tempo inteiro sem dar sono. No mais, quem tiver curiosidade, leia. Apesar de não ser brilhante, acrescenta para o currículo.

 Um mundo de imortais

Agora, conforme citei no começo do texto, vou me debruçar um pouco sobre as consequências da imortalidade, não contando se eu deduzi isso lendo o livro ou acompanhando a série. Primeira coisa que devemos discutir ao pensar em imortalidade é em moralidade e ética. Ambas as palavras, etimologicamente, passam a ideia de modos de comportamento (“moralis” do latim “maneira” e “ethos” do grego “comportamento), ou seja, as diretrizes sob as quais nos submetemos para viver em sociedade. Os conceitos de moralidade e ética mudam conforme as eras históricas, mas certas coisas são universais, como o entendimento de não fazermos um mal irrecuperável a nós mesmos e a outrem. E isso tem tudo a ver com nosso limite existencial.

Muito do que não fazemos hoje, barreiras que não ultrapassamos, tem a ver com o fato de envelhecermos e morrermos. Por exemplo, proporcionalmente ao tamanho da população, poucas são as pessoas que usam substâncias entorpecentes (lícitas ou ilícitas do ponto de vista legal) sem medida. A maioria não faz uso abusivo das mesmas, e mesmo o consumo de tabaco tem diminuído na maior parte dos países. Isso acontece justamente por causa da probabilidade de morte prematura que estes produtos ensejam. Se simplesmente houvesse a chance de ter o corpo regenerado após uma falha sistêmica, não haveria mais barreiras ao consumo de álcool, drogas, remédios, tabaco, gasolina, querosene, veneno de rato, etc.

Além disso, porque haveria de se criminalizar agressão, lesão corporal ou mesmo assassinato, entre outras ações com potencial de dano alheio, se não houvesse, de fato, um dano tão permanente e irreparável quanto a perda de uma vida? O que impediria que lutadores de UFC lutassem até a morte, como os gladiadores do Império Romano? Por que ter acordos de paz entre nações se as mortes decorrentes de uma guerra não causassem impacto social nenhum? Por que ter (ou não ter) filhos se não haveria mais necessidade de se perpetuar seus genes passando-os para outros corpos? O que impediria o mundo de se tornar uma imensa festa rave, todo mundo louco, transando sem parar, sem regras de conduta e sem freios de comportamento? Por que alguém compraria um seguro de vida? Aliás, por que existiriam seguradoras? A resposta é: não haveria mais sentido em se precaver para dias ruins, em se preparar e pensar no amanhã. Tudo seria aqui e agora, porque a chance de ruína seria nula. Bastaria dar um re-boot em tudo e começar de novo. Todavia, paradoxalmente, a humanidade teria pouco tempo de existência.

Para entender este paradoxo, teremos que resgatar um pouquinho dos motivos pelos quais certos padrões de comportamento surgiram na humanidade. Por exemplo, a ideia de vida pós-morte e paraíso ou inferno, dependendo do seu comportamento enquanto vivo. Temos que imaginar que em uma era antes da medicina moderna, a mortalidade era altíssima nas primeiras décadas de vida, seja por doenças, guerras ou fome. Por que alguém iria se esforçar para trabalhar a terra, plantar alimentos, construir cidades, viver uma vida regrada, criar bem seus filhos, etc. se a expectativa de morrer no dia seguinte era alta? Uma sociedade assim não teria como persistir, porque seria muito mais fácil roubar o que outros faziam do que fazer por si e se todos pensassem do mesmo jeito, tudo iria virar pó em pouco tempo. Como já mencionado em Sapiens, os seres humanos se juntam em torno de e cooperam em prol do sucesso de uma realidade inventada. E só fazem isso se a expectativa de retorno positivo for maior do que de dano. No caso da existência desgraçada que se tinha em priscas eras (tipo até os anos 50 do século XX mais ou menos), era muito apelativo acreditar que existiria um paraíso eterno a ser desfrutado após a morte se em vida agíssemos com altivez e diligência perante os sofrimentos e a perspectiva de um término abrupto. Ou seja, as pessoas necessitavam de ideias reconfortantes para se apegarem e seguir em frente, caso contrário, estaríamos vivendo da mesma forma que nossos irmãos primatas ainda vivem.

A tese de ruptura social, superada no passado pela perspectiva de transformar uma existência de sacrifícios em benefícios após a morte, volta à baila com a probabilidade cada vez mais real da imortalidade. Se ninguém mais pode morrer, por que acreditar em uma “vida” de prazeres e felicidade além da vida atual? Por que não transformar esta existência atual na versão 2.0 do paraíso descrito em diversas religiões? Racionalmente, não faria sentido se submeter a um sacrifício momentâneo por um ganho futuro se a perspectiva deste “amanhã” for eterna. Simplesmente, a frase “no pain, no gain” deixaria de fazer sentido. Sem dor com o máximo de ganho, já que tenho a eternidade para consertar qualquer cagada! Seríamos eternos procrastinadores, porque não haveria urgência para se realizar nada. E, no caso de todos agirem assim, ninguém colheria benefício algum, pois não haveria quem plantasse alimentos, quem cuidasse das doenças, quem fizesse pesquisas médicas, quem construísse as casas, etc.

Ah, mas teríamos robôs para isso”. Sim, mas quem construiria os robôs? Os próprios robôs. E se eles falhassem, quem consertaria? Os próprios robôs. E se uma tempestade ou terremoto ou vulcão ou meteoro ou…..(inclua sua desgraça climática preferida aqui) acabasse com toda a rede elétrica de um país, o que aconteceria? Se os robôs resolvessem se rebelar? Enfim, se uma merda bem grande acontecesse? Que capacidade de reação uma sociedade hedonista e auto-centrada teria? Um esperaria pelo outro e, se ninguém se mexesse, todos morreriam abraçados, pois ninguém repararia os corpos decrépitos.

Antes que alguém comente que estou viajando na maionese imaginando este tipo de cenário, isso já foi algo pensado e está sendo equalizado para que a humanidade continue existindo e beneficiando alguém. De que forma? Tornando a tecnologia da imortalidade custosa o suficiente para que somente pessoas com alto poder aquisitivo tenham acesso. O futuro divisado será formado por uma grande massa trabalhadora e por uma casta pequena de imortais (Matusaléns?) com acesso a medicina reparadora inigualável, vivendo tempo suficiente para ver sua riqueza aumentar exponencialmente (ah, o poder dos juros compostos nos investimentos). Esta casta imortal manterá seu poder sobre a massa vendendo a esperança de que todos podem alcançar a imortalidade se tiverem altivez diante dos sofrimentos da vida, se trabalharem duro, se levantarem da cama todo dia de manhã e encararem uma jornada bruta na luta pela sobrevivência, se forem pacíficos, resignados e se espelharem nos imortais almejando alcançar esta condição: a de DEUS (ou no caso, DEUSES).

Que papo mais esquerdopata comunista, falando de elites e proletários explorados? E este discurso anti-tecnologia, anti-ciência? Não é à toa que não gosta de navinhas e Asimov. Deve ter chilicado também quando o semi-deus Elon Musk colocou um Tesla no espaço!” Respondendo a todos estes pontos, antes de ter de lê-los nos comentários: não sou comunista nem esquerdopata, sequer tenho um ideologia pré-estabelecida, não sou anti-ciência, não chiliquei com o Elon Musk (bem pelo contrário!) e continuo não gostando de FC de navinhas e do Asimov. Sou somente realista e observador da realidade. Tudo isto que estou descrevendo já aconteceu antes e está acontecendo de certa forma, ainda que em escala reduzida. Comecem a observar o mundo ao redor (mundo real, fora de nossas bolhas da Internet) pensando a partir desta perspectiva e vejam se muita coisa já não está em curso. Tudo que eu descrevi pode acontecer desta forma? Pode. E pode não acontecer também. Porque uma característica da realidade é que ela é reflexiva, isto é, se você faz alguma coisa para o mundo, ele reage de volta e, dependendo da reação do mundo, você re-adapta o que fazer no passo seguinte. Isso vira um ciclo infinito de ação-reação até algum equilíbrio ser atingido. No momento de nova ruptura, isso tudo se repete over and over again. De 2007, 2008 para cá estamos vivendo um ciclo desses, de ruptura e busca de equilíbrio. O que aconteceu nestes anos em especial? Duas coisas: iPhone e Crise do Sub-prime. Todo o resto é conseqüência. Escreverei sobre isso ainda este ano, aguardem.

Para concluir este longo texto, uma coisa que deve ficar clara: a ciência e a tecnologia são anárquicas e devem ser assim. Não se deve interferir na busca do ser humano pela imortalidade, uma vez que no meio do caminho muita gente vai ter a chance de sofrer menos ou ser curada de coisas que hoje são irreversíveis (AVCs, doenças degenerativas e paralisias em geral, cânceres, etc.) Se coisas ruins acontecerem devido ao mal uso da ciência, bom, paciência! Melhor consertar certas coisas ruins do que acabar com as chances de coisas boas acontecerem. A matriz de retorno, até agora, sempre pendeu para o lado de maiores ganhos do que perdas e não vejo porque isso haveria de mudar no futuro.

Da mesma forma que coloquei na minha resenha sobre o livro Sapiens: tudo tem os dois lados, e estes lados devem ser ponderados. O que causar mais mal do que bem deve ser eliminado (como escravidão, por exemplo) e o que for o contrário deve ser aperfeiçoado (como energia nuclear, por exemplo). Jogar a água do banho com o bebê dentro, definitivamente, não vale a pena. Até porque sou incapaz de fazer mal a uma criança!

Até a próxima!