Cuidado que agora o seu tio solteirão que faz a piada do pavê pode ter mais um argumento pra perguntar: e as namoradinhas hein?!?!

Pessoas casadas apresentam menor probabilidade de ter demência quando comparados com pessoas viúvas, ou do que as que nunca casaram.

Uma meta-análise de impacto, publicada on-line em 28 de novembro no Journal of Neurology, Neurosurgery and Psychiatry, mostrou um risco 42% maior de demência entre os solteiros que nunca casaram e um risco 20% maior entre os viúvos, em comparação aos casados.

A pesquisa sugere que o possível efeito protetor pode estar ligado a vários fatores de estilo de vida que sabidamente acompanham a vida em comum, como um estilo de vida mais saudável e um maior estímulo social resultante do convívio. É o que sugere o autor do estudo, Dr. Andrew Sommerlad, médico especializado em psiquiatria geriátrica e pesquisador do Wellcome Trust do University College London, no Reino Unido. O médico também alerta que os profissionais de saúde devem estar cientes deste aumento do risco de demência e ter maior nível de suspeita com os solteiros.

Melhora da reserva cognitiva

Discutimos o conceito de reserva cognitiva lá no Spin de Notícias #12, e que o estímulo mental desafiador precoce ajudaria a fazer esta reserva. O estado civil tem o potencial de modificar o risco de demência por aumentar a interação social do dia-a-dia, melhorando esta reserva.

Além disso, observam os autores, ser celibatário está associado a comportamentos adversos para a saúde e a uma série de desfechos piores para a saúde.

Outro aspecto é o luto ou a separação de pessoas casadas que poderia promover o aparecimento da demência pelo estresse, que é fator conhecido para o aumento do risco de demência.

Agora segura o tio do pavê….

 

Referência:

BMJ