O texto a seguir foi escrito em colaboração com a Alice (ou, caso você não tenha ouvido o Scicast #525, a inteligência artificial, IA, do chatGPT). Vem aprender um pouquinho sobre Química Verde e tente adivinhar quais partes foram escritas pela humana e quais pela IA!

A química é uma ciência que estuda a matéria e as transformações que ela sofre. Isso inclui a investigação dos elementos químicos, compostos e moléculas que compõem a matéria, bem como as reações químicas que essas substâncias podem sofrer. A química está presente em tudo o que fazemos e usamos no dia a dia, desde a produção de alimentos e medicamentos até a fabricação de materiais de construção e de eletrônicos.

Devido ao crescimento populacional, ao aumento desenfreado do consumo humano por praticamente tudo e, consequentemente, à expansão das indústrias químicas, o desenvolvimento de processos mais eficientes e com menos impactos ambientais se faz cada vez mais necessário e urgente. Um termo já bastante conhecido que engloba esse tipo de processo é o desenvolvimento sustentável, que pode ser definido como “o desenvolvimento que atende às necessidades do presente sem comprometer a capacidade das futuras gerações satisfazerem às suas próprias necessidades”.

Mostrando que essa preocupação já é antiga, o conceito de Química Verde foi estabelecido pela primeira vez em 1991, por Paul Anastas e John Warner, no livro Green Chemistry: Theory and Practice. Desde então, a Química Verde tem se tornado uma área cada vez mais importante e crescente, com o objetivo de reduzir ou eliminar a geração de resíduos tóxicos e poluentes, minimizar o consumo de matérias-primas, solventes e energia, e prevenir a formação de produtos perigosos. Por isso, este conceito deve ser aplicado a todo o ciclo de vida de um produto, desde o projeto, passando pela produção e uso, até a disposição final dos rejeitos.

Imagem com desenho de vidrarias de laboratório semi preenchidas com líquido verde. Há movimento de bolhas nos líquidos.

A Química Verde propõe o uso de metodologias mais eficientes e menos prejudiciais ao meio ambiente, sem comprometer a qualidade e o desempenho dos produtos químicos e materiais produzidos. Os princípios da Química Verde são baseados em 12 fundamentos, que servem como diretrizes para a concepção de processos químicos mais sustentáveis:

1. Prevenção da geração de resíduos.
2. Economia atômica: Desenvolvimento de sínteses de alta eficiência atômica, maximizando a incorporação dos materiais de partida no produto final.
3. Escolha de rotas sintéticas que usem e gerem compostos não tóxicos, sempre que possível.
4. Desenvolvimento de produtos que mantenham a funcionalidade desejada, mas com toxicidade reduzida.
5. Minimização do uso de solventes e reagentes auxiliares.
6. Busca pela eficiência de energia nos processos.
7. Uso de fontes renováveis de matéria-prima e reciclagem de resíduos.
8. Evitar a formação de derivados por meio da diminuição do uso de grupos bloqueadores ou de proteção, por exemplo.
9. Uso de catalisadores, promovendo maior seletividade para o produto de interesse, diminuindo, desta forma, a geração de subprodutos.
10. Desenvolvimento de produtos que, ao final de sua função, se fragmentem em produtos de degradação inócuos e não persistam no ambiente.
11. Desenvolvimento de metodologias analíticas de monitoramento e controle em tempo real, dentro do processo, de forma a minimizar ou eliminar a formação de substâncias nocivas.
12. Uso de matérias-primas e processos que minimizem o potencial para acidentes químicos, incluindo vazamentos, explosões e incêndios.

A Química Verde tem sido amplamente adotada por indústrias químicas, governos, organizações não governamentais e universidades em todo o mundo, como uma forma de enfrentar os desafios ambientais e promover o desenvolvimento sustentável. Dentre os exemplos práticos de sua aplicação está a utilização de catalisadores seletivos que permitem que uma reação química ocorra de forma mais eficiente, eliminando a geração de subprodutos indesejáveis; a criação de solventes e produtos químicos que são biodegradáveis e menos tóxicos; a utilização de fontes de energia renováveis, como a energia solar e eólica; e utilizar matérias-primas renováveis e sustentáveis, de origem vegetal e biomassa, em vez de recursos não renováveis.

Imagem com desenhos de um homem e vidrarias de laboratório, sendo que mais vidrarias surgem com o movimento da imagem. Toda a imagem é feita em tons de verde.

A Química Verde é uma abordagem interdisciplinar que envolve a colaboração de químicos, engenheiros, biólogos, físicos, economistas e outros profissionais, visando promover a inovação tecnológica e a transição para uma economia mais circular e sustentável.

Então, se você se preocupa com o meio ambiente e quer fazer a diferença, comece a prestar atenção na Química Verde e faça a sua parte para apoiar essa iniciativa. Você pode começar comprando “produtos verdes”, escolhendo fornecedores responsáveis e divulgando a causa para seus amigos e familiares.

E lembre-se que tudo que consumimos gera impactos ambientais, até mesmo as inteligências artificiais!

Por exemplo, o grande volume de dados processados pelas IAs pode exigir um grande consumo de energia, o que pode contribuir para o aumento das emissões de gases de efeito estufa. Além disso, a produção e descarte de equipamentos eletrônicos usados em sistemas de IA podem gerar resíduos que afetam negativamente o meio ambiente.

Por isso, é importante que nos tornemos consumidores mais conscientes e responsáveis. Isso significa escolher produtos que tenham um impacto menor no meio ambiente, como aqueles produzidos de maneira sustentável e com baixo consumo de energia e água, e que sejam biodegradáveis e recicláveis. Além disso, devemos procurar reduzir o desperdício e dar preferência a produtos duráveis e de qualidade, em vez de produtos descartáveis e de baixa qualidade que acabam gerando mais resíduos.

Ao adotar hábitos de consumo consciente, você estará fazendo a sua parte para proteger o meio ambiente e contribuir para um futuro mais sustentável. Lembre-se de que cada escolha que fazemos pode ter um impacto significativo e que pequenas mudanças podem fazer uma grande diferença.

Vamos juntos cuidar do nosso planeta!

 

Referências

ANASTAS, P. T.; WARNER, J. C. Green Chemistry: Theory and Practice. 1st. ed. Oxford: Oxford University Press, 1998.

LENARDÃO, E. J. et al. “Green chemistry”: os 12 princípios da química verde e sua inserção nas atividades de ensino e pesquisa. Química Nova, v. 26, n. 1, p. 123–129, 2003.

ROTHENBERG, G. Catalysis: Concepts and Green Aplications. 1st. ed. Weinheim: Wiley-VCH, 2008.

SHELDON, R. A. Green chemistry, catalysis and valorization of waste biomass. Journal of Molecular Catalysis A: Chemical, v. 422, p. 3–12, 2016.

Green Chemistry

ChatGPT

Capa: USC chemists create greener research labs

 


Esse texto faz parte do concurso Chat GPTuring. Sua missão é ler todos os textos da semana do dia 06 a 10 de março e adivinhar quais parágrafos foram produzidos pelo Chat GPT e quais são do ser humano. Para participar, junte todos os textos em um documento no formato PDF e marque em vermelho os parágrafos que foram escritos pelo Chat GPT (deixe sem marcar os dos humanos). Envie esse documento para [email protected] até o dia 19/03. O assunto do e-mail deve ser “Concurso Chat GPTuring”. Ganha quem acertar mais parágrafos. O critério de desempate é quem enviou primeiro.

O prêmio é o livro “Vida 3.0: O ser humano na era da inteligência artificial” do Max Tegmark” na versão digital ou, pra quem mora no Brasil, a versão física, se preferir. Além disso, o vencedor vai poder participar da gravação de um recado do SciCast pra contar sobre como fez pra descobrir os parágrafos, mas pra isso precisa ter um microfone razoável.