Os plásticos que usamos do dia a dia liberam gases de efeito estufa (GEE), que colaboram com a degradação do meio ambiente. Este fato era desconsiderado nos modelos de previsões climáticas.
O plástico usado em coisas diárias, tais como embalagens de alimentos, materiais de construção e lentes de contato, se degrada naturalmente no meio ambiente. Momento no qual ocorrem alterações físicas, formação de  micropartículas; também ocorrem alterações químicas que liberam metano e etileno para a atmosfera.

O polietileno, um dos tipos mais comuns de plástico, é usado nas sacolas de supermercados, o que as tornam as maiores contribuidoras para a liberação dos gases de efeito estufa, já que são as mais produzidas e utilizadas no mundo.

O polietileno também é utilizado em embalagens de comida congelada, embalagens a vácuo, revestimento interno de caixas de leite que também são encontradas em grande quantidades nos oceanos.

As emissões de GEE começam a ocorrer quando a luz do Sol começa a decompor o plástico – processo chamado de foto-degradação -, mas as emissões continuam ao anoitecer. Quando estes plásticos são quebrados ou rachados, os níveis de produção são acelerados. Por conta disso, os Micro-plásticos pode estar acelerando a produção de GEE.

Praia coberta de plásticos usados no cotidiano. Fonte: DuckDuckGo imagens

“O plástico representa uma fonte relevante de GEE e deve se tornar cada vez mais relevante, à medida que a produção de plásticos tende a aumentar e se acumular no ambiente. Como esta fonte ainda não foi contabilizada em avaliações dos ciclos globais de metano e etileno, ela pode ser significativa”, afirma o autor David Karl.

Os plásticos passaram a ser produzidos massivamente nos últimos 70 anos. Sua durabilidade e praticidade podem fazer com que sua produção dobre nos próximos 20 anos, levando ao aumento e continuidade da liberação de uma variedade de produtos químicos, ao longo de sua degradação.Os GEE estão diretamente ligados às mudanças climáticas, afetando o nível dos mares, a temperatura global, a saúde ambiental e as alterações nos padrões climáticos.

“Devido à longevidade dos plásticos e a grande quantidade que persiste no meio ambiente, questões relacionadas ao papel do plástico nos orçamentos globais devem ser priorizados e abordados pela comunidade cientifica”, concluíram os autores do artigo Production of methane and ethylene from plastic in the environment (Produção de metano e etileno do plástico no meio ambiente).

Fonte: PlosOne