Olá de volta, pessoas!

No de outubro, na semana de aniversário do nosso queridíssimo Scicast, fizemos um episódio especial sobre antibióticos! O episódio 283 que, se você ainda não escutou, pode escutar aqui! Vai lá. Te aguardo.

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Ok então? Então vamos lá.

Na placa da Esquerda, a bactéria é sensível aos antibióticos. Os alos envolta dos discos brancos são porque a bactéria não cresceu. O que já não ocorre com frequência na placa direita.

Uma das principais preocupações mundiais a respeito de Saúde Publica e os antibióticos é a Resistência Bacteriana. Você pode acompanhar todas as discussões a respeito, as medidas e as politicas publicas que estão sendo recomendadas entre outras notícias relacionadas através do Site da OMS.

Na parte da medicina veterinária, a resistência bacteriana é uma luta diária. Além dos antibióticos serem, assim como na medicina humana, largamente utilizado para o tratamento de infecções bacterianas, tanto nos animais pets quanto nos animais e produtos animais que futuramente irão virar alimento de humanos. Entendeu aí, o pulo do gato?

Pois é. Como somos nós, humanos, que medicamos nossos animais de estimação e também os animais de produção, TODOS OS ERROS que conversamos no cast como:

  1. Não fazer o tratamento completo;
  2. Aumentar a dose por conta própria pra ver se sara mais rápido;
  3. Não usar um profissional da área para adquirir o medicamento correto e ir direto ao balcão de uma loja agropecuária ou petshop comprar sem prescrição médica;
  4. Usar o medicamento de um animal para o outro;

entre outros erros, são repetidos na medicina veterinária.

Esses erros, além de colocar os animais em risco e criar uma resistência no corpo do animal, pode acarretar mais alguns problemas. O primeiro deles é a contaminação do ambiente tanto por antibióticos que são eliminados quanto por possíveis bactérias selecionadas desse tratamento, as superbactérias. O segundo problema, e um que não encontramos na medicina humana porque não somos canibais: os produtos alimentícios originários desses animais podem vir contaminados. Isso mesmo. Ou podem vir com antibióticos que ainda estão no corpo do animal e podem ser encontrados no leite, ovos e carne de animais que estavam em tratamento e não esperado o TEMPO DE CARÊNCIA do medicamento para consumo do produto.

Tempo de Carência é o tempo que o produtor deve esperar para que todo o medicamento utilizado num tratamento seja eliminado do organismo do animal, para que não fique resquícios no alimento que será consumido pelo ser humano ou outros animais.

Adivinha!!! Isso. Time is  money, de acordo com o capitalismo. Então pessoal meio que não tem muita paciência para esperar esse tempo de carência (que existe para antibióticos, anti-inflamatórios, agrotóxicos, etc). Aí fica medicamento no alimento que a gente ingere, e a gente, sem nem ter ideia disso, ingere antibióticos, que vão criando resistência nos nossos organismos. Desagradável isso, hum?

Alguns países importadores de carne daqui do Brasil solicitam que sejam realizados testes durante o abate para saber se os animais têm algum resquício de medicamento em seus organismos. Se der positivo, aquela propriedade é retirada da lista de produtores habilitados para a venda para aquele país. Por isso a necessidade de nós brasileiros também sabermos dessas situações e exigências para que possamos reivindicar produtos de qualidade para nosso consumo. Isso serve para todos os produtos de origem animal.

Sir William Fettes Douglas The Alchemist 19th cent.

Muita gente estudando durante anos e anos para o desenvolvimento de medicamentos, prevenção de doenças e tudo mais para a gente bagunçar o coreto por falta de informação. Acredito que tendo as informação correta, somos capazes de tomarmos as melhores decisões.

A luta é longa e continua. Como a OMS diz, o mais prático para se evitar todo esse transtorno, é a prevenção.

Só usar antibiótico sob a ORIENTAÇÃO DE MÉDICA VETERINÁRIA

Não usar antibióticos como promotores de crescimento.

Usar vacinas para que se PREVINA infecções.

Ter biossegurança na produção para que se EVITE a introdução de doenças infecciosas nos plantéis.

É sempre a tal da história que conversamos por aqui nesse portal: PREVENIR É MELHOR QUE REMEDIAR.