Era uma vez a Psicologia. Essa área que fascina, que é cheia de estudos sobre a mente, que tenta desvendar alguns dos maiores mistérios que existem (não, não estou falando de como os fones se enrolam na mochila) busca responder: como nossa mente funciona? Onde ela está? Como saber mais sobre ela?

Como estudante da área de Psicologia, apaixonada, curiosa e cheia de perguntas (afinal de contas, estou apenas no começo dessa jornada), quero, a partir de hoje, dividir algumas ideias e textos com vocês sobre o assunto e, quem sabe, trazer os outros Psicólogos do Deviante pra me ajudar nessa seara de dominar o mun… digo, de compartilhar essas descobertas, pois tudo que aprendo é legal demais!

E como toda história tem seu começo, vamos fuçar um pouco na poeira do passado, e descobrir de onde veio essa ideia doida de Psicologia.

Antes de trazer aqui os nomes de destaque da Psicologia, queria apresentar brevemente e de forma bem simples a galera doida que pensava no assunto quando tudo era mato, quando nem se pensava em Psicologia como conhecemos hoje.

Como todos os caminhos levam a Roma, bacana começarmos falando de um médico, cirurgião e filósofo turco chamado Claudio Galeno, que tratava de Imperadores a Gladiadores e estudou pra caramba, escrevendo mais de quinhentos livros sobre a medicina (nessa época não tinha Netflix, a gente entende).

Ele fez importantes descobertas para a medicina em sua época como distinguir veias das artérias, o sangue venoso do arterial; propor pela primeira vez que o corpo fosse controlado pelo cérebro; distinguir entre nervos sensoriais e motores; descobrir que os rins processam a urina e demonstrar que a laringe é responsável pela voz.

Uma outra coisa muito bacana que ele fez foi desenvolver a Teoria da Personalidade baseada nas relações entre os “humores” (do latim umor, fluido corporal) das teorias de Hipócrates, em uma relação direta com os “temperamentos”, nossas inclinações emocionais e comportamentais.

Para ele, nós teríamos quatro temperamentos e, dependendo de como os humores se desenvolvessem e equilibrassem/desequilibrassem dentro de nós, isso afetaria nossa personalidade. Esses temperamentos eram:

Sanguíneo: Afetuoso, alegre, otimista e confiante;

Fleumático: lento, quente, tímido, racional e coerente;

Colérico: Impetuoso, energético e apaixonado;

Melancólico: triste, medroso, deprimido, poético e artístico.

Se alguns humores se desenvolvessem mais que os outros, esta seria nossa personalidade dominante. Isso por acaso desperta alguma lembrança de certo filme recente da Disney? ;)

Uma das coisas que Galeno acreditava era que, apesar da predisposição das pessoas nascerem com determinados temperamentos, essas pessoas poderiam ser “curadas” ou equilibrar seus humores, com dietas, exercícios e, em casos mais extremos, poderia incluir sangrias e coisas esquisitas do tipo (medo).

Como comentei, esses carinhas estavam lá, pensando em coisas doidas quando era ainda tudo meio nebuloso, então, claro que as ideias ainda eram meio esquisitas e até engraçadas se pensarmos no contexto hoje em dia.

Galeno foi popular na medicina até o Renascimento, quando surgiram novas pesquisas que ofuscaram seus estudos (Galeno achava, por exemplo, que nós éramos anatomicamente parecidos com os animais que ele dissecava, e no Renascimento descobriu-se que não era bem assim).

O coitado teve mais de duzentos erros em suas descrições anatômicas e ficou bem desacreditado nessa época, mas ainda assim inspirou os psicólogos do Século XX, e sua teoria de que muitas doenças físicas e mentais estão conectadas serve ainda de base pra várias terapias modernas.

E aí, curtiu conhecer o Galeno? Qual seria sua personalidade dominante, segundo os estudos dele? Comenta aí e vamos conversar mais! E, claro, se curtiu a iniciativa comenta também pra prepararmos mais posts nessa linha!