Uma semana foi necessária para tudo ser feito com muito cuidado a fim de não chamar atenção de ninguém sobre o laboratório da KVZ. Ivan fez alguns serviços simples de proteção para filhos de diretores de grandes empresas. Há quatro dias fez a proteção de uma parte do templo onde foi realizado o casamento da filha do Sr. Osvaldo. Durante a festa, o chefe da segurança bateu um papo com ele. A investigação não avançava e não tinha nenhuma pista para descobrir o responsável pela morte do filho de Osvaldo.

A apareceu na base para informar Ivan que Alex Silveira estaria de volta a cidade em cinco dias, entregou a descrição do homem. Era um dos responsáveis pelas pesquisas no laboratório, o alvo tinha preferência por um cassino da cidade, era comum vê-lo apostando sempre acompanhado de alguma mulher. Não frequentava a boate do local, preferia passar o tempo aproveitando a companhia contratada jogando pôquer contra outros amadores. A informou que provavelmente teria dispositivos de rastreamento implantados na pele, algum botão de pânico. A empresa não contratou segurança, mas alguém do cassino deve ser pago para ficar de olho nele. Nesse momento, os canários entram na base fazendo um belo barulho, estavam felizes, pois tinham acabado de abater um drone. O dono não foi localizado, realmente era uma sorte fazer dinheiro assim tão “fácil”, ninguém para disputar o drone abatido, além deles serem bem raros atualmente devido a lei de caça.

Passados alguns dias, Ivan tinha tudo preparado para a operação. Silveira tinha se registrado no hotel há três horas e estava jogando pôquer numa mesa ao lado de Chris há trinte minutos, os dois eram os lideres da mesa. Certa rodada, Silveira tinha uma tendência de flush com ás quando as três primeiras cartas viraram na mesa. Ele considerava Chris um jogador seguro, achava que poderia estar com um par alto nas mãos, jogou duro tentando fazer Chris desistir da mão. O ex-policial se manteve firme e pagou a alta aposta, a carta que virou não ajudou ninguém, mas dobrara o nove que tinha  aparecido nas três primeiras cartas. Silveira colocou metade de suas fichas na mesa forçando a desistência de Chris. O policial pensou por algum tempo e pagou dizendo que Silveira não tinha esse flush. Então uma dama de copas foi virada na mesa completando o jogo de Silveira, que abriu um largou sorriso para Chris que fazia uma cara de poucos amigos ficando vermelho feito um pimentão.

Silveira colocou o restante na mesa, disse que tinha feito o flush. Chris imediatamente pagou irritado com o momento e bufando de raiva. Silveria debochou e jogou o ás de copas para Chris rindo, quando tocava nas fichas para puxá-las com as duas mãos. Chris as segurou e mostrou seu par de damas dizendo full house, as fichas eram dele. Silveira ficou um tempo sem acreditar e se retirou da mesa cumprimentando o crupiê e outros jogadores, menos Chris. Enquanto caminhava em direção ao caixa, esbarrou em A, que puxou sua carteira e saiu rapidamente do cassino. Silveira não percebeu nada, chegou no caixa e, ao pedir mais fichas, percebeu que não estava com a carteira, subiu para o apartamento na tola esperança de que teria esquecido lá. Assim A saia pela lateral do Hotel, uma pessoa o seguia com uniforme de segurança. Quando Silveira entrou no quarto, encontrou dois homens uniformizados como responsáveis pela limpeza arrumando seu quarto. Pediu para que os dois saíssem, os dois concordaram, quando Silveira deu as costas, Ivan o segurou e, usando uma solução, o colocou para dormir. Fred colocou nele uma máscara de oxigênio, os dois o colocaram num saco de roupa suja do hotel e saíram com o cliente tranquilamente de lá para um furgão que os pegou na saída do local.

A acelerava o passo, mas não se livrava do segurança, era a terceira rua que virava e o perseguidor insistia. Quando chegava próximo a uma lanchonete, foi interceptado pelo perseguidor. O homem disse que ele tinha algo de um funcionário da KVZ e iria voltar com ele para explicar o porque de roubar o rapaz, mas não esperava um golpe mortal próximo ao pescoço de Lee que se aproximara furtivamente. A arma que Lee usou era impressionante, causou uma feriada mortal ao lado do pescoço, era um corte profundo que cauterizava imediatamente. A vitima colocou as mãos no pescoço e caiu ao chão. Não sabia o que tinha acontecido, arquejou por uns minutos, um cheiro de queimado terrível subiu da vítima sentido pelos curiosos que cercavam o homem.

Silveira acordou num estabelecimento abandonado na periferia, mas não sabia disso, não tinha noção de onde estava. Ivan, Fred, Tow, Edu e Zeh estavam com ele, sua calça tinha sido arrancada e instrumentos cirúrgicos estavam sujos de sangue jogados num canto da sala. Ivan ficou surpreso por acordar tão rápido. Silveira entendera que seus rastreadores foram removidos e o botão do pânico também não estava mais em suas posses. Nesse momento, os canários estavam andando pela cidade distraindo os seguranças da KVZ: um correu com os rastreadores para o porto e o colocou dentro de uns caixotes para embarcar, o outro entrou num território de tráfico dos senhores da diversão, apertou algumas vezes o botão de pânico e jogou num lixo qualquer.

Silveira ria, dizia que em breve a KVZ invadiria o local. Ivan achava que era impossível, mas não queria perder tempo e perguntou claramente a Silveira: queria saber o que estava sendo desenvolvido naquele laboratório. Silveira disse que morreria se revelasse. Ivan confirmou, mas disse que seu avô tinha o ensinado uma forma russa de matar que duraria semanas. Silveira riu debochando, pois afirmou que mal teriam duas horas para conversar, mas o chefe do laboratório de desenvolvimento estava enganado. Subestimara a capacidade de resposta da grande empresa onde trabalha, pois ao fechar a boca, o som de frenagem de três veículos foi ouvido do lado de fora. Dois carros e um furgão reforçado pararam, desceram três homens de cada carro e sete do furgão, mas o que assustou Tow, Edu e Fred foi o som de um exosqueleto saindo de dentro do veículo com uma grande metralhadora tipica de veículos de combate.