Olá, pessoal. Como estão? Bem, hoje estou aqui para abordar um assunto controverso, acerca do qual eu tenho uma opinião. Como puderam ver, o assunto é o seguinte: A Origem e os malefícios do sexo. Por que quero abordar este assunto? Por que falar disso? Porque acredito que o sexo, além de gerar filhos e prazer, exerce uma influência profunda sobre os nossos comportamentos.

Há muito reparo que na fase da “puberdade”, na qual o apetite sexual é maior, os(a) adolescentes mudam a maneira como se comportam, ou seja, pensam coisas que, em estado racional, não pensariam. Sendo assim, quero trazer este assunto para a pauta. Sei que é controverso; sei que não parece um assunto pelo qual as pessoas tenham apreço por discutir. Mas, mesmo assim, quero falar dele.

Bom, então, primeiramente, vamos descrever e resumir aqui o porquê de fazermos sexo. “Ué, porque é bom”, algum adolescente na puberdade poderia dizer. “Ué, porque precisamos criar mais humanos para a espécie persistir”, algum adulto com o ensino médio completo poderia dizer. Estes argumentos, ao mesmo tempo que são superficiais, estão parcialmente corretos. Mas gostaria de abordar o sexo sob uma visão biológica, científica. Pois, sabemos, ele não é bom ao ser humano “de graça”. Há uma troca. Em recompensa ao dispendioso trabalho de inserir a sua parte genital sobre a parte genital de outrem, o sexo lhe fornece prazer, endorfina. No caso dos homens, quando o líquido enfim penetra a vagina da mulher, se manifesta uma sensação de alívio, de relaxamento, de, simplesmente, prazer. Sei, parece que o assunto está muito íntimo, muito pessoal, etc. Mas tenho que chegar ao íntimo mesmo, para explicar o que é e porque fazemos sexo.

Enfim, o sexo, sob uma perspectiva biológica, é o meio pelo qual uma espécie se propaga, se reproduz. Mas, diferentemente do brotamento ou a simples divisão, o sexo gera vantagens, porque gera variabilidade. Porém, como dito anteriormente, ele é muito dispendioso para as espécies, pois é necessário encontrar um parceiro, “conquistá-lo”, subir ou ficar sob ele e, enfim, “torcer” para que um dos flagelos inseridos obtenha sucesso — chegue ao ovócito. Algo muito mais complexo do que simplesmente se dividir voluntariamente. Mesmo assim, os benefícios do sexo são maiores que os seus custos, e isso o torna passível de disseminação, fazendo com que passe para as próximas gerações.

Portanto, sabemos que o sexo surgiu “alguma hora” em algum ancestral animal, provavelmente muito primitivo. Porém, não sabemos quando ele se tornou “bom”. Inicialmente, o sexo deve ter sido uma característica excêntrica, que surgiu em um indivíduo ou em um grupo de indivíduos. Estes devem ter gerado descendentes mais diferentes, mais adaptáveis a uma diversidade de ambientes. Isso favoreceu esses indivíduos, fazendo com que tivessem maiores chances de se adaptar e sobreviver em meio ao ecossistema ao qual não estavam familiarizados. Com isso, os indivíduos que praticavam sexo se disseminaram com mais “qualidade”, por assim dizer; enquanto os outros indivíduos da mesma espécie continuavam se procriando por meio da clonagem, gerando semi-clones. Com o passar do tempo, estes foram sumindo e isolados à “periferia evolutiva”, permanecendo presentes somente em indivíduos mais comuns, mais simples, de complexidade biológica e estrutural menor.

A vantagem do sexo está relacionada à mistura de material genético.

Com isso, o sexo se tornou onipresente no reino animal — em parte também no vegetal. Contudo, no reino animal, o sexo possui uma característica que não é encontrada em outros reinos: o prazer da relação sexual. Por que será que todos os animais, incluindo humanos, “gostam” de se procriar, chegando a praticar este ato somente por diversão, por mera “brincadeira”? Há uma hipótese evolutiva para isso, pensada em minha cabeça: em algum momento, uma espécie do reino animal, que praticava sexo para a sua procriação, nasceu com uma característica diferente, gerada de uma mutação; nasceu com uma característica na sua anatomia e fisiologia que lhe fornecia prazer ao se relacionar sexualmente. Isso, evidentemente, é uma vantagem evolutiva, pois, supõe-se, faz o indivíduo procriar mais, através de mais relações sexuais, impulsionadas pela vontade de sentir prazer.

Com isso, o prazer na relação sexual se disseminou estrondosamente, sem restrições e barreiras que o impedissem. Assim, essa característica prosseguiu sobre o reino animal por longas eras – (no vegetal, o prazer não faria a menor diferença, e, claro, vegetais não possuem bases fisiológicas para tal), até chegar a uma espécie primata. O Australophitecus, que posteriormente, em razão das circunstâncias, teve de largar os galhos para andar sobre as savanas africanas, transformando-se, depois, em Homo habilis, Homo erectus e, por fim, Homo Sapiens — nome que, por vezes, devemos colocar “em xeque”, em razão do desmatamento que estamos promovendo (houve outros humanos provenientes deste mesmo ancestral, porém não vale citá-los aqui). Enfim, o Homo sapiens herdou de seus ancestrais o prazer do sexo, por isso gosta tanto de fazê-lo, inventando brincadeiras, roupas, fantasias, eventos e até residências voltadas a essa característica ancestral.

Entretanto, o que queria ressaltar aqui é: o sexo é algo favorável à evolução, porém, quando um homem o faz torna-se mais autoritário, “machão”, isso em virtude de sua herança evolutiva de liderança tribal. Por isso, não é só porque a evolução produziu que é bom. O prazer gerado pela relação sexual leva ao estupro, ao “sexo forçado”, o que é algo terrível. Posto isto, nós, principalmente homens, devemos nos controlar, controlar os nossos impulsos biológicos, pois o sexo também nos faz mal. Nos torna agressivos e irracionais; nojentos e asquerosos ( claro, em excesso). Então, este é o alerta: o prazer sexual gerado pela evolução pode lhe prejudicar e prejudicar a outrem, por isso tome cuidado, se controle e não deixe que a evolução biológica comande seus pensamentos e ações. Conseguindo entender o porquê de gostarmos de sexo, podemos compreender a sua superficialidade e evitá-lo, tendo o consentimento de que ele nada mais é que uma “tática biológica” produzida pela evolução.