Exocometas, isso mesmo, até pouco tempo atrás poderia ser roteiro de filme de ficção científica, mas hoje é mais real do que nunca.

Real, porém raro, os cientistas já conseguiram detectar exocometas em 3 sistemas estelares, o que é fantástico guardando as devidas proporções.

O mais impressionante desses sistemas estelares é que são jovens, todos abaixo dos 40 milhões de anos de vida.

O último relato vem da estrela HD 172555 que tem cerca de 23 milhões de anos de vida e está localizada a 95 anos-luz de distância da Terra.

Essa estrela faz parte do Beta Pictoris Moving Group e por estar perto da Terra é um excelente laboratório para esse tipo de observação.

Lógico que esses cometas não são observados diretamente, e a descoberta envolve um árduo trabalho.

Primeiro os astrônomos estudaram os dados de arquivo do instrumento HARPS do VLT do ESO e ali detectaram assinaturas de cálcio impressa na curva de luz da estrela indicando que objetos como cometas estavam caindo nela.

Depois apontaram o Hubble para essa estrela e fizeram uma análise na luz ultravioleta, identificando a assinatura de certos elementos, principalmente silica e gás carbônico. Esses gases estavam se movendo a uma velocidade de 36 mil milhas por hora e a explicação mais provável para isso é a da presença de objetos como cometas.

Ao chegar perto da estrela o gás vaporiza e essa vaporização marca o espectro da estrela.

Os pesquisadores irão agora estudar a estrela em busca de elementos como oxigênio e hidrogênio que confirmaria a identidade dos cometas que estão se desintegrando na estrela.

Esse estudo é bem importante, pois mostra que os cometas rasantes ao Sol que temos aqui no Sistema Solar não são tão raros assim no universo, estudos como esse podem fornecer uma visão de como teria sido o nosso sistema solar a bilhões de anos atrás e nos ajudar a entender cada vez mais e melhor a evolução do nosso sistema solar e de outros sistemas estelares.

Fonte:

http://hubblesite.org/news_release/news/2017-02